quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Soberania

Pode-se aferir o grau de soberania de um país pela resposta que cada um pôde dar a esta 'falsa' pandemia.

Muito se falou da Suécia, mas, na verdade, este país evitou o Estado de Emergência (e consequente confinamento) pela circunstância de que só o pode declarar [o Estado de Emergência] em período de guerra.

Em todo o caso, o que estamos a passar é muito parecido com uma guerra, em especial para aqueles que nos querem cada vez mais obedientes. 

Em particular, na última vintena de anos, a par da suposta luta contra essa entidade abstracta que é o terrorismo, as (também supostas) várias pandemias têm sido uma ferramenta muito eficaz para deixar-nos com medo e, logo, mais disponíveis para abdicar das nossas liberdades (muitas delas conquistadas depois de muito sangue derramado) em nome da "segurança".

Ora, o que sabemos desta vida é que "segurança" é algo com que podemos contar pouco.

Mas, voltando ao início, para não entrar em filosofias, vamos falar da (falta de) soberania.

Sabemos, não pelos jornais nem pelas televisões, que há países (pelos vistos mais soberanos que o nosso) em que esta pandemia já nem para conversa de café serve. Países onde se vive normalmente, sem máscaras, sem distanciamento físico, e sem números regurgitados acefalamente a abrir telejornais. E o vírus aí também existe, mas decidiu-se dar-lhe a importância que merece, que é aquela que merecem todos os vírus e bactérias (e outros bichinhos miscroscópicos) com que desde sempre convivemos.

Em Portugal, temos a infelicidade de há muito não sermos um país livre e soberano. Acatamos indicações externas sem grande margem de manobra. Não digo isto como resultado de uma qualquer suposta ideologia que sigo (que é nenhuma), e que me levaria a dizer estas coisas. É facto. É por demais evidente. Achas que não é assim? 'tá bem.

Ainda há uns dias um Amigo me confidenciava que um eurodeputado lhe dizia que «as pessoas não têm noção da importância do Parlamento Europeu; 80% das leis que nos regem é daí que derivam. Os restantes 20% são leis locais e de pouca monta...».

E isso seria tudo muito bonito, se as leis pudessem, de facto, servir a todos por igual, sem ter em conta as idiossincrasias de cada país, cada região, cada lugar, cada pessoa. É, também por isto, que defendo, desde há muito, a proximidade, a preocupação que deve existir com cada pessoa e com cada situação particular. Não há conhecimento de algo que sirva a toda a gente por igual; nem vacinas, quanto mais leis.

É provável que alguns estejam já a pensar que isto é um discurso isolacionista, para além de "negacionista" (entre aspas pois, na verdade, não me lembro de alguma vez ter dito que o vírus não existe), mas isso já sabiam.

Descanso-vos ao dizer que, por mim, acabava-se já com todas as fronteiras, tenham estas muros ou não. Ou seja, ao identificar a falta de soberania do nosso país, não estou a defender (apesar de que, nestes tempos, como vimos, até podia dar um certo jeito - daí ter falado em "infelicidade"). Na verdade, para mim, só deve existir uma soberania, que é aquela que cada um exerce sobre si mesmo (com tudo o que isso verdadeiramente implica). Mas isto digo eu, que sou parvo.

Sem comentários:

Nova plataforma

 Este blogue migrou para aqui .