segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A corrente do «bucolismo radical»

O George Steiner, no seu ensaio O Silêncio dos Livros, tem uma definição para uma corrente contestatária que entende que «a árvore do pensamento e do estudo será eternamente cinzenta, ao passo que a da vida em acção, a da vida-força, da pulsão vital, essa é verde». Estas palavras de Goethe servem para Steiner definir os «bucólicos radicais».

Assim, anuncio aqui, com toda a pompa e circunstância, que sou um bucólico radical de gema e, curiosamente, ainda este fim-de-semana estive nessa bela localidade do Luso e passeie-me radical e alegremente pela Mata do Bussaco.

De uma forma absolutamente radical, passeei pelos trilhos antigos, marcados pelos monges Carmelitas Descalços em tempos idos, apreciei o Palace, arquitectado por Manini, e apreciei sobremaneira a companhia de Amigos verdadeiros, que me brindaram com a sua boa disposição e saberes múltiplos. Absolutamente bucólico e radical e, ainda, muitíssimo enriquecedor.

E tudo isto para dizer que, por esta razão, não pude responder de imediato ao desafio do Sérgio, para abrir o livro que estivesse mais à mão e transcrever a 5ª frase completa da página 161, o que farei de imediato.

«Que outros motivos trariam alli um dos mais ilustres cavalleiros da linhagem do implacável e manhoso aio de Affonso Henriques?»

Uma frase retirada de O Bobo de A. Herculano, 14ª Edição, parceria da Livraria Bertrand (Lisboa) / Livraria Francisco Alves (Rio de Janeiro), sem data (mas provavelmente de meados de 40), adquirida na livraria do Amigo José Raposo Nunes, em Setúbal.

Estendo o desafio, como deve ser feito, ao Pedro Vieira, ao José Galambas, ao Francisco Canelas, ao Diogo e à Gata.

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