Cheguei a referi-lo aos mais próximos. Andava preocupado em demasia. Dava por mim a pensar, e a pensar, e a pensar ainda mais. E, como diz a minha mãe, "o que é de mais é como o que é de menos".
Não dei conta de ter feito um esforço particular para que conseguisse ultrapassar essa fase mas, porventura, o facto de estar consciente de que o fazia [pensar em demasia], talvez tenha sido o suficiente para que deixasse de o fazer.
Pensar demasiado é, de facto, um problema. Mesmo que esse pensar muitas vezes nem esteja directamente relacionado com preocupações mundanas. Muitas vezes o meu overthinking prendia-se com temas que eu considero profundos (podem não ser). Mas, mesmo nessa circunstância, pensar em demasia é, como disse, um problema.
Tenho para mim que a nossa mente responde ao "exercício de pensar" como um músculo responde ao exercício físico. Quanto mais for estimulado o músculo, mais crescerá. Mas, como todos sabemos, o repouso é essencial em qualquer actividade física. Também o é na actividade intelectual.
Por outro lado, também sabemos os malefícios a que nos leva o sedentarismo ou a falta de actividade física. O mesmo acontece com a actividade mental - se não houver estímulo, atrofia, esmorece, pode chegar mesmo a apagar-se.
Assim, como em todas as coisas, o equilíbrio é fundamental. Então, como diz a minha mãe, "o que é de mais é como o que é de menos", que é como quem diz, "no meio é que está a virtude". Verdades simples, como o são todas.
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