terça-feira, 30 de outubro de 2007

Forrageou ou não?

Primeira frase do romance Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez:
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que o seu pai o levou para conhecer o gelo.»

Primeira frase do romance Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares:

«Diogo Ascêncio Cortes Ribera Flores – conforme constava do seu registo de baptismo – tinha quinze anos de idade quando o pai o levou pela primeira vez a ver uma tourada.»
Também se faz a mesma pergunta aqui e a devida vénia a José Mário Silva.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A corrente do «bucolismo radical»

O George Steiner, no seu ensaio O Silêncio dos Livros, tem uma definição para uma corrente contestatária que entende que «a árvore do pensamento e do estudo será eternamente cinzenta, ao passo que a da vida em acção, a da vida-força, da pulsão vital, essa é verde». Estas palavras de Goethe servem para Steiner definir os «bucólicos radicais».

Assim, anuncio aqui, com toda a pompa e circunstância, que sou um bucólico radical de gema e, curiosamente, ainda este fim-de-semana estive nessa bela localidade do Luso e passeie-me radical e alegremente pela Mata do Bussaco.

De uma forma absolutamente radical, passeei pelos trilhos antigos, marcados pelos monges Carmelitas Descalços em tempos idos, apreciei o Palace, arquitectado por Manini, e apreciei sobremaneira a companhia de Amigos verdadeiros, que me brindaram com a sua boa disposição e saberes múltiplos. Absolutamente bucólico e radical e, ainda, muitíssimo enriquecedor.

E tudo isto para dizer que, por esta razão, não pude responder de imediato ao desafio do Sérgio, para abrir o livro que estivesse mais à mão e transcrever a 5ª frase completa da página 161, o que farei de imediato.

«Que outros motivos trariam alli um dos mais ilustres cavalleiros da linhagem do implacável e manhoso aio de Affonso Henriques?»

Uma frase retirada de O Bobo de A. Herculano, 14ª Edição, parceria da Livraria Bertrand (Lisboa) / Livraria Francisco Alves (Rio de Janeiro), sem data (mas provavelmente de meados de 40), adquirida na livraria do Amigo José Raposo Nunes, em Setúbal.

Estendo o desafio, como deve ser feito, ao Pedro Vieira, ao José Galambas, ao Francisco Canelas, ao Diogo e à Gata.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Amor de Avó

(ouvido de passagem, no local de trabalho)

... e a minha netinha disse-me: «oh avó, vai lá à livraria comprar-me um livro sobre violência doméstica» - e eu vim.

Isto é verdadeiro Amor de Avó ou então medo de levar uma tareia...

Camiño Portugues

De 2004 a 2006 fiz o Camiño Portugues rumo a Santiago, por 3 vezes - uma vez por ano.
Em 2006, quando o fiz pela terceira vez, disse que não o voltaria a fazer, que 3 vezes chegavam.
Assim, este ano não o fiz.
...
Senti falta.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pai Natal

- Acreditas no Pai Natal? - pergunta o pai.
- Acredito, se ele trouxer prendas. - responde a filha.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Encontro Insólito

Conhecer alguém na casa de banho do Padrão dos Descobrimentos pode mudar o rumo de uma vida (ou de várias).

Foi há 9 anos.

Mudar o nome à coisa

Nunca morreu ninguém no Poço da Morte.

Sr. Henrique, ontem na Sic Notícias

Azul Profundo

Azul Profundo como é o do Mar imenso ou o do Céu no ocaso.

Um azul insinuante de mistério, insondado, desconhecido. Oculta e revela, cala e anuncia, encobre e desvela ao mesmo tempo. Paradoxal, contraditório.

Azul pacífico, contemplativo, mas também prazenteiro, jovial e guerreiro destemido.

Azul forte, decidido, paradigmático e, ainda assim, titubeante, confuso e nebuloso. Paradoxal, contraditório.

Assim é este Azul Profundo (assim é o Homem).

Nova plataforma

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